sexta-feira, 6 de abril de 2012

Egoísmo


Não canto o meu amor aos ventos,
nem sequer ouso pintá-lo nas quatro paredes
que cercam esta miserável e desdenhosa raça;
Só tu tens poder absoluto sobre o meu canto,
só tu mereces ouvi-lo.
E só tua pele, parede de pêssego,
possui minhas cores invisíveis,
meus micróbios, minhas digitais.
Engole o sorriso, e faz do teu olhar opaco
ao cruzar com o meu.
Deixe que pensem que somos tristes...